domingo, 18 de outubro de 2015

Primeirúltima página

Fim do conto. Ponto? Fecho o livro e pronto? Prateleira e citações sem contexto?

Nunca acreditei muito em últimas páginas, se as viro ao reverso nada mais são que as primeiras de outra narrativa. No entanto, há o que se acaba. O fim nos chega com o ineditismo próprio do que é repetido pela última vez. E um domingo chuvoso, propenso que é a melancolias prosaicas, parece-me ideal para finitudes poéticas.

O livro a ser guardado, com cara de fim de papo. Daquela pena, já sei, não escorrem outros universos.  Repousa em aquáticos desertos caribes. Os mergulhos conjuntos – profundos – resumem-se agora em uma prateleira repleta do mesmo nome: e só mundos viajados. Infinitos conhecidos deixam de ser infindos? A margem ampla só me sugere imensidões de reencontros. Tenho que voltar às mesmas águas para descobrir.


Fim do conto. Ponto? Não conto. 



infinitudes sentidas ap ler o último livro de García Marquez que ainda não tinha lido. 
ou seria o primeiro?