pela sábia natureza dos ciclos
o tempo da colheita nunca coincide
com o plantio
entre o fastio da semeadura
e a surpresa do broto
as semanas se somam
sem sombra da germinação
é que as raizes desbravam em silêncio a terra
cientes da sua fecunda imprecisão
o estio não estraga a espera
que mesmo que não certa a fartura
há alegria na constante tessitura
na rede possível , o entrelace
dos dias, em seu fio invisível
Por isso, também, plantar sempre.
Ou, mais que isso:
a cada nova estação
acreditar na firme tentativa da semente.
Cada dia aprender uma nota
é a crença na possibilidade da canção.
Cada dia traçar uma rota
é a aposta que dos caminhos se faz outro chão.
Todo dia plantar uma palavra
é minha forma de oração.
Um dia uma florista me disse:
toda semente precisa de luz
para rebentar a própria explosão.
(Mariana Imbelloni)
o tempo da colheita nunca coincide
com o plantio
entre o fastio da semeadura
e a surpresa do broto
as semanas se somam
sem sombra da germinação
é que as raizes desbravam em silêncio a terra
cientes da sua fecunda imprecisão
o estio não estraga a espera
que mesmo que não certa a fartura
há alegria na constante tessitura
na rede possível , o entrelace
dos dias, em seu fio invisível
Por isso, também, plantar sempre.
Ou, mais que isso:
a cada nova estação
acreditar na firme tentativa da semente.
Cada dia aprender uma nota
é a crença na possibilidade da canção.
Cada dia traçar uma rota
é a aposta que dos caminhos se faz outro chão.
Todo dia plantar uma palavra
é minha forma de oração.
Um dia uma florista me disse:
toda semente precisa de luz
para rebentar a própria explosão.
(Mariana Imbelloni)