Atendendo aos clamores de uma turba incansável de
aproximadamente duas pessoas e meia, resolvi tecer das minhas esparsas ideias um
blog. Um blog que é mesmo uma junção dos meus fios soltos de pensamento,
daqueles que vêm no metrô ou na fila do supermercado, alinhavados com as
palavras um pouco emboladas que perco madrugadas girando nesse fuso tecnológico
virtual.
Como já sei de antemão que vou me perder no meio do caminho –
como me perco mesmo bailando no meio de uma frase - não previ modelos bem tracejados. Aponto
meus nortes, para onde encaminho a agulha, mesmo que incerta sobre o bordado.
Não perdi esse hábito de ser óbvia – já é quase uma alegria –
por isso, nada de novo nos meus fronts. Alinhavo minhas observações algo-como-feministas com minhas tentativas
mais-ou-menos literárias, entrelaçando-as na tecitura frágil dos meus dias,
como tenho feito desde que peguei na primeira caneta, mas sem nunca me dar muito
por isso.
Tecendo literatura com feminismo, não podia dar senão
feminitura e literalismo, que é tudo mesmo fio da mesma meada. E eu, entre eles, perdida.
Ou, a bem dizer, na confusão deles encontrada.
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